10.34631/SPORL.762
Alzate Amaya, Fabian
Endoscopic middle ear surgery: First steps in a third level hospital
Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço
2020
2019-05-14
2020-01-16
2020-03-10
2020-03-10
pt
Article
1-53-762
57-61 Páginas
Introdução: O uso da cirurgia endoscópica otológica (CEO) é uma tendência a nível mundial. Proporciona uma visão com mais amplitude, melhor ampliação e profundidade do campo cirúrgico. No entanto, permanecem algumas dúvidas, relativamente aos seus resultados no nosso quotidiano cirúrgico. O objetivo deste estudo é descrever os resultados obtidos em pacientes diagnosticados e tratados no nosso centro, com patologia cirúrgica otológica, que foram tratados inicialmente, exclusivamente, com uma abordagem
endoscópica.
Material e métodos: estudo de coorte retrospetivo dos primeiros pacientes submetidos a cirurgia endoscópica otológica exclusiva, no período de janeiro de 2015 a março de 2018, na nossa instituição. Foi recolhida informação relacionada com as características epidemiológicas, tipo de intervenção, tempo de cirurgia, tipo de reconstrução, complicações e resultados audiométricos pré e pós-cirurgia.
Resultados: foram operados 48 pacientes, nos quais, se realizaram 23 miringoplastias (48%), 16 timpanoplastias (33%) e 9 estapedectomias (19%). O encerramento cirúrgico da perfuração foi alcançado em 17/23 miringoplastias (74%), com tempo médio de operação (OT) de 88 minutos e LTM prévio de 27,5 dB com melhoria a 19,5 dB. Nas timpanoplastias, o LTM anterior passou de 45,7 dB para 30,6dB e observou-se
um OT de 106 minutos. Nas estapedectomias foi encontrada melhoria de 46,6 dB para 20 dB com tempo cirúrgico de 81 minutos. Não foram observadas complicações pós-operatórias importantes.
Conclusões: Cirurgia endoscópica otológica (CEO) é uma técnica reproduzível e confiável que mostra novos benefícios em comparação com as abordagens otológicas convencionais, assim como complicações similares. A CEO possui uma curta curva de aprendizagem que permite ser utilizada como elemento adicional em programas de ensino durante a residência de otorrinolaringologia e na nossa rotina cirúrgica diária.
Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, v. 57 n. 2 (2019): Junho